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A era do Big Data fez com que os laboratórios também precisassem saber como lidar com o alto volume de dados. Com isso questões voltadas a Compliance e Segurança da Informação tornaram-se fundamentais para qualquer negócio que possui os dados como primícia. Diante desse contexto, Alex Sardinha, Gerente Setorial do Laboratório de Fluídos da Petrobras, teve contato conosco pela primeira vez em um evento em que ouviu falar sobre o laboratório sem papel através da implantação do dispositivo IoT.

“O profissional de laboratório sempre esteve muito envolvido com o processo analítico, desde a preparação da amostra até a geração de resultados, e nós identificamos que grande parte do tempo desse profissional era dedicado a digitação de informações e transcrição dos dados para o papel, mas tendo a oportunidade de ouvir falar sobre o laboratório sem papel, comecei a pensar como direcionar o tempo dos nossos analistas para analisar esse grande volume de dados ao invés de ficar gerando papel e arquivando toda essa papelada, além de correr riscos de errar ao digitar e transcrever essas informações.” 

Alex Sardinha

Desafios

Além de otimizar o tempo do técnico de laboratório para que ele não dedique grande parte do seu tempo em concentrar-se na digitação das informações impressas em uma análise cromatográfica e fazer anotações de memória de cálculos de pesagem, outro grande desafio foi comprovar para equipe de TI que o projeto é seguro já que uma das grandes preocupações dessa área é justamente a segurança da informação, e demonstrar que independente dos equipamentos serem antigos e de múltiplos fabricantes, a tecnologia continua sendo viável e sem uma limitação de uso.

O projeto

Integramos o dispositivo IoT com o cromatógrafo, que está desconectado da rede, gerando um arquivo que é trafegado na rede IoT. Assim, é possível extrair os dados deste equipamento mesmo quando estiver offline. Além disso, um conjunto de análises pode gerar dezenas de resultados simultaneamente, eliminando a necessidade de digitação manual no LIMS.

Durante a extração do arquivo no IoT, as informações do usuário responsável por fazer essa leitura são registradas no aplicativo Connect Lab. Os dados são rastreáveis em todas as etapas, desde o cromatógrafo até o IoT, o aplicativo Connect Lab e o LIMS. Mesmo offline, o sistema é capaz de armazenar essas informações e, posteriormente, sincronizá-las com o LIMS, garantindo a rastreabilidade e confiabilidade dos dados.

Também integramos a balança com a transmissão serial de dados, permitindo verificar os resultados tanto na balança quanto no aplicativo Connect Lab, que se conecta diretamente ao equipamento. Em seguida, essas informações são sincronizadas com o LIMS.

O projeto Petrobras

Projeto Petrobras LabVantage IoT

Ganhos e resultados obtidos para a Petrobras

Grande parte da digitação se eliminou e consequentemente a eliminação dos erros. Também houve otimização do tempo de produtividade operacional e, aumento da segurança e confiabilidade dos dados. É possível automatizar aproximadamente 200 a 250 ensaios por mês através da integração com esses dois equipamentos.

“A principal diferença percebida nesse processo, é o ganho de produtividade em que o técnico não tem mais a preocupação de estar concentrado em digitar e anotar todas as informações. Esse profissional passa a preocupar-se com a representatividade da amostra que ele está colocando no carrossel de amostra, com as diluições que ele tem que fazer, e ao final ele sabe que ao validar as informações através do IoT ele não precisa mais se preocupar em fazer um login no sistema, digitar o ensaio e componente por componente, o que ele tem que fazer é acessar um dispositivo móvel e validar as informações que ele acabou de integrar no software. Para o técnico a principal diferença é a segurança, e para mim o ganho de produtividade.”

Alex Sardinha

Além dos ganhos, Alex também trouxe uma visão da perspectiva futura após a finalização da fase piloto do projeto.

“A visão de futuro e potencial, é de aplicar essa tecnologia em todos os laboratórios da área onshore e offshore. Nós temos laboratórios nas unidades terrestres e em mais de 50 plataformas, são diversos equipamentos de diferentes fornecedores, temos mais de 4 mil equipamentos que podem vir a integrar com o dispositivo IoT”.

Alex Sardinha

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